Logo Web Estratégica - Consultoria de SEO e Marketing de Conteúdo

Tendências de Marketing em 2024: comportamento do consumidor, principais canais e IA

Saturação de conteúdo, valorização do branding e autenticidade de marca, mudanças de comportamento nas redes sociais. Esses são alguns dos pontos que as principais autoridades do marketing global vêm sinalizando. Sua empresa está preparada para essas mudanças?

Neste artigo vamos falar sobre as tendências em comportamento do consumidor, canais de marketing e o papel crescente da IA para 2024. Exploraremos insights práticos e previsões para ajudar profissionais de marketing a se manterem à frente no jogo.

Este tema foi abordado no webinar “Tendências de comportamento, consumo, canais de marketing e IA para 2024” e todo o material utilizado, incluindo as fontes, está disponível para download.

Contexto sobre as transformações do mercado

Na década passada, testemunhamos um boom no ecossistema de startups, alimentado por um hiper financiamento do setor de tecnologia. Com a estratégia de “Winner Takes All”, empresas apostaram em um crescimento rápido e agressivo para eliminar concorrentes e monopolizar o mercado. 

Esse período viu o surgimento e a consolidação de áreas como o growth marketing, inbound marketing e marketing de conteúdo, além do desenvolvimento de metodologias focadas em crescimento previsível e escalável.

A pandemia de COVID-19 acelerou a transformação digital e trouxe consigo um período de reflexão sobre as práticas de marketing estabelecidas. Com recursos mais limitados e um aumento na competitividade, as empresas enfrentaram desafios significativos, desde a gestão da saúde mental até a necessidade de adaptação rápida às mudanças do mercado. 

Essa era, marcada por um financiamento mais curto e verbas de marketing reduzidas, destacou a importância da resiliência e da capacidade de reinvenção.

Recentemente, houve uma mudança notável na direção do marketing, do foco em performance para uma ênfase maior no branding. Essa transição reflete um cansaço em relação às metodologias de crescimento previsível que predominaram por anos.

O branding ressurgiu como a nova palavra-chave, indicando uma busca por estratégias que valorizem a autenticidade e a construção de marcas fortes, capazes de criar conexões verdadeiras com o público.

Este contexto de mudanças rápidas, demanda uma abordagem mais humana e adaptável, onde o sucesso não é medido apenas pelo crescimento exponencial, mas pela capacidade de gerar valor real para os consumidores.

Impactos da sobrecarga de informações

A sobrecarga de informações surge quando a quantidade de conteúdo disponível supera a capacidade de processamento do indivíduo. Essa realidade gera não apenas uma sensação de estresse e ansiedade, mas também impacta a forma como tomamos decisões e interagimos com a tecnologia.

Nesse cenário, 37% das pessoas consideram essencial aplicar um pensamento crítico sobre como utilizam a tecnologia, reconhecendo que, embora ela simplifique aspectos da vida, também complica outros

 A tecnologia, por um lado, oferece soluções inovadoras, mas por outro, cria problemas que não existiam antes. Isso reflete uma dualidade onde 22% dos indivíduos se sentem dependentes das novas tecnologias, mas apenas 7% se sentem confiantes ao utilizá-las.

Além disso, a influência da tecnologia estende-se a aspectos fundamentais da vida social e pessoal, provocando mudanças significativas nos valores culturais.

Nos últimos três anos, houve uma queda notável na importância atribuída a instituições tradicionais como o casamento, a educação universitária e a independência residencial dos pais, refletindo uma transformação nas prioridades sociais. 

Paralelamente, 47% afirmam que adquirir uma casa tornou-se mais difícil do que há uma década, evidenciando o descompasso entre o crescimento econômico e a inflação.

A ascensão da IA e o futuro do marketing

A Inteligência Artificial (IA) tem sido um catalisador de mudanças em diversas áreas, e o marketing digital não é exceção. Com a evolução da IA, presenciamos um ponto de inflexão significativo, onde novas possibilidades e desafios coexistem.

A IA generativa tem remodelado a interface dos aplicativos de redes sociais, dos motores de busca como o Google e dos sites. Este avanço traz consigo a promessa de eficiência e personalização em escalas anteriormente inimagináveis. 

No entanto, a ascensão da IA também levanta questões sobre a criatividade e a autenticidade, com muitos acreditando que a era da “mediocridade criativa” está chegando ao fim.

A desconstrução de paradigmas estabelecidos ao longo da última década é evidente. A tendência de mover a obsessão pelo cliente para um plano secundário em favor da maximização dos lucros tem sido notada por consumidores e críticos.

A inserção de chatbots em serviços de atendimento ao cliente, por exemplo, reflete um choque entre a busca por eficiência operacional e o desejo humano por interações autênticas.

Estudos indicam que a rápida evolução tecnológica e a crescente dependência de soluções digitais têm levado a uma reflexão crítica sobre o uso da tecnologia. A preocupação com a autenticidade, transparência e confiança nas marcas é mais relevante do que nunca, sugerindo um movimento em direção a uma abordagem mais humana e menos automatizada no marketing.

Diante disso, os profissionais de marketing são encorajados a adotar a IA não como substituto, mas como complemento às estratégias criativas humanas. O equilíbrio entre o uso da tecnologia e a manutenção da essência humana nas interações será determinante para o sucesso futuro.

A previsão do Gartner de que a IA reduzirá a visibilidade das marcas em resultados de busca em até 50% até 2028 destaca a necessidade de uma estratégia de marketing de busca eficaz. A recomendação é clara: criar estratégias de conteúdo relevante e valioso que resolva as necessidades do cliente, garantindo visibilidade e presença orgânica robusta.

IA generativa vai acabar com os criadores de conteúdo?

A ascensão da inteligência artificial generativa levantou debates sobre o futuro dos criadores de conteúdo.

Um estudo recente do Gartner prevê que uma parte significativa das marcas optará por se tornar “AI-free” nos próximos anos. Isso sugere não apenas um nicho, mas grandes segmentos do mercado rejeitando a automação total em favor da genuinidade e da criatividade humanas.

O anúncio do Buzzfeed sobre o uso de IA para gerar conteúdo, que inicialmente levou a um aumento explosivo nas ações, acabou não cumprindo as promessas a longo prazo. O valor das ações despencou, ilustrando que a substituição da criatividade humana pela IA pode não ser tão lucrativa como esperado.

Este cenário serve como um lembrete: a inovação tecnológica, embora poderosa, não é uma solução mágica ou o fim do SEO.

O jornalismo e outros campos que requerem um olhar crítico e uma voz autêntica continuam a valorizar e a necessitar da intervenção humana. Grandes veículos de comunicação têm reforçado suas equipes com jornalistas reais, enfatizando a importância de um “gatekeeper” humano para filtrar a desinformação e manter a qualidade e a profundidade do conteúdo.

Em resumo, enquanto a IA generativa oferece ferramentas incríveis para ampliar a capacidade de criação, ela não substitui a essência, a emoção e o julgamento crítico que apenas os criadores humanos podem proporcionar. O futuro da criação de conteúdo parece estar em uma coexistência complementar entre humanos e máquinas, cada um com seus pontos fortes únicos.

O Google está perdendo qualidade

Nos últimos anos, cresce a discussão sobre a qualidade dos resultados fornecidos pelo Google.

Profissionais renomados do mundo do SEO notam uma deterioração na qualidade das pesquisas, atribuindo parte do problema ao spam e às técnicas abusivas de SEO, potencializadas pela inteligência artificial.

Um estudo recente comparou o Google a outros motores de busca, como Bing e DuckDuckGo, concluindo que o aumento de conteúdo de baixa qualidade e práticas de SEO predatórias estão comprometendo os resultados de busca.

Além disso, o Google tem experimentado a IA generativa para melhorar a experiência de busca. Embora essa iniciativa prometa inovações, o teste inicial revelou que o modelo ainda não está pronto para o público em geral, levando a empresa a pausar sua implementação.

Essas mudanças refletem um ponto de inflexão para o Google, desafiando-o a equilibrar inovação tecnológica com a entrega de resultados de busca precisos e úteis.

A queda na qualidade não é apenas uma preocupação para usuários que dependem de suas buscas diariamente, mas também sinaliza um momento crítico para profissionais de marketing digital, que precisam adaptar suas estratégias SEO em um ambiente em constante mudança.

O comprometimento com a qualidade e a relevância sempre foi o que diferenciou o Google de seus concorrentes. À medida que a empresa busca soluções para esses desafios, a comunidade online aguarda para ver se ela pode inovar e, ao mesmo tempo manter a confiança e a eficácia que a tornaram a líder incontestável em buscas na internet.

Comportamento do consumidor no ambiente digital

A transformação digital mudou radicalmente como interagimos, compramos e nos informamos. Análises recentes, incluindo a pesquisa da We Are Social, revelam insights sobre o comportamento do consumidor digital.

Primeiramente, a principal razão para o uso da internet continua sendo a busca por informações, com 58% dos usuários priorizando este objetivo. Isso inclui desde atualizações de notícias e eventos até entretenimento e educação.

O digital também serve como meio para manter contato com amigos e família, destacando a importância das redes sociais e aplicativos de mensagem no cotidiano das pessoas.

Além disso, 48% dos usuários buscam na internet novas ideias e inspiração para uma variedade de interesses pessoais, como culinária, decoração e viagens. Isso sublinha a internet como uma fonte de criatividade e descoberta.

No que tange à descoberta de marcas e produtos, os canais digitais desempenham um papel crucial. Os motores de busca, como Google e Bing, lideram com 50%, seguidos de perto pelas redes sociais, com 45%. Isso evidencia uma preferência equilibrada entre busca direta e descoberta social.

As avaliações de clientes (36%) e os sites das próprias marcas (33%) também são essenciais, reforçando a importância da autenticidade e da confiança na jornada de compra digital. Os aplicativos e sites de comparação de preços complementam as fontes de informação, com 27% da preferência dos usuários.

Preferência por autenticidade e humanização

No cenário atual, a preferência dos consumidores pela autenticidade e humanização nas interações com marcas tem se destacado. Este movimento reflete uma busca por conexões reais em um ambiente digital saturado.

Estudos apontam que até 2027, cerca de 20% das marcas se posicionarão e se diferenciarão com base na ausência de inteligência artificial em seus negócios e produtos. Essas marcas enfatizarão que seus produtos, atendimento ao cliente, conteúdo, e proposta de valor são baseados em interações humanas, não em tecnologia automatizada.

Este movimento ressoa com o desejo dos consumidores por experiências mais “acústicas”, ou seja, autênticas e reais, contrapondo-se à tendência de digitalização massiva.

Além disso, a preocupação com a disseminação de informações falsas ou desinformação por conteúdo gerado por IA tem crescido significativamente, com a desconfiança aumentando de 57% em fevereiro de 2023 para 72% em maio do mesmo ano.

Essa tendência é corroborada pela evidência de que os consumidores estão cada vez mais céticos em relação ao conteúdo e interações mediadas por IA, valorizando a autenticidade, a transparência e a confiança. As marcas, portanto, são encorajadas a investir nessas qualidades, equilibrando o uso de tecnologia com a garantia de que o planejamento e a revisão humanos precedam e sucedam à implantação de qualquer solução automatizada.

Tendências para 2024 e próximos anos

O cenário de marketing está evoluindo rapidamente, impulsionado por uma combinação de fatores econômicos, tecnológicos e sociais.

Primeiramente, observamos um deslocamento significativo na forma como as empresas se posicionam em relação aos seus clientes. A era da “piscina de bolinhas e escorregadores” em escritórios, que promovia um ambiente de trabalho divertido como parte de sua imagem de marca, está sendo substituída por uma realidade onde a eficiência e o lucro se tornam prioridades claras.

Isso reflete uma mudança cultural, onde as demissões em massa e a redução de benefícios desnecessários destacam uma ênfase renovada na rentabilidade em detrimento da experiência do cliente.

A inteligência artificial generativa está redefinindo a interface dos aplicativos de redes sociais, dos motores de busca e dos sites, trazendo novos desafios e oportunidades. A criatividade, outrora associada diretamente à audiência, enfrenta agora o risco de ser suprimida por soluções automatizadas, levantando questões sobre a autenticidade e a conexão humana.

Apesar desses avanços tecnológicos, as pesquisas revelam um desejo crescente por interações mais humanas. Cerca de 47% dos entrevistados sentem que a tecnologia está avançando rápido demais, enquanto um número significativo demonstra preocupação com a dependência tecnológica e a falta de confiança nas soluções automatizadas.

Além disso, o Gartner prevê que, até 2026, os profissionais de marketing terão que lidar com a frustração do consumidor gerada pela IA, buscando proteger as marcas de decepções. Isso implicará em enfatizar a autenticidade do conteúdo e garantir que a tecnologia de monitoramento esteja em lugar para distinguir entre conteúdo gerado por humanos e por IA.

Um resumo das previsões e tendências discutidas no webinar

Deslocamento das empresas em relação aos cliente

Muitas empresas estão priorizando lucros ao invés da experiência do cliente, refletindo mudanças culturais pós-pandemia (Accenture).

Impacto da IA na interface de aplicativos e websites

A interface de aplicativos de redes sociais, motores de busca e websites será afetada pela IA generativa (Accenture).

Aumento do ceticismo em relação à tecnologia

Um número crescente de pessoas acredita que a tecnologia está avançando rápido demais, complicando tanto quanto simplificando a vida (Accenture).

Preocupação com a autenticidade e transparência

A IA amplificou as preocupações dos clientes sobre a autenticidade das marcas, transparência e confiança, sugerindo a necessidade de um equilíbrio entre uso de IA e humanização (Gartner​​).

Diminuição das interações em redes sociais

Prevê-se que metade dos consumidores diminuirá significativamente o envolvimento com plataformas de mídia social devido à queda na qualidade do conteúdo (Gartner​​).

Preferência por marcas “AI-free”

Até 2027, cerca de 20% das marcas se diferenciarão enfatizando a ausência de IA em seus produtos e interações, buscando uma conexão mais “acústica” e autêntica com os consumidores (Gartner​​).

Riscos associados ao uso de IA

Preocupações crescentes com informação falsa, riscos de segurança, e o fenômeno de “hallucination” onde a IA gera dados imprecisos (Gartner​​).

Redução da visibilidade das marcas em resultados de busca

Até 2028, a IA pode reduzir a visibilidade das marcas em resultados de busca em até 50%, impactando principalmente as buscas informacionais e navegacionais (Gartner​​).

Essas previsões apontam para um futuro onde a autenticidade, a transparência e a conexão humana se tornam elementos chave.

As marcas que conseguirem absorver essas mudanças, equilibrando a inovação tecnológica com valores humanos, estarão bem posicionadas para prosperar no mercado de 2024 e além.

Todas as fontes, materiais e slides utilizados estão disponíveis para download.

Invista em um trabalho de Marketing personalizado e de qualidade

Neste artigo, exploramos algumas das tendências emergentes no campo do marketing, destacando a importância crescente do marketing de conteúdo e SEO. À medida que a tecnologia continua a evoluir e as preferências dos consumidores mudam, é essencial que as empresas se adaptem e adotem estratégias para se destacarem em um mercado cada vez mais competitivo.

Não espere mais. Aproveite as oportunidades e prepare-se para os desafios, começando hoje mesmo a impulsionar o crescimento da sua empresa. Solicite uma proposta com nossa agência de marketing de conteúdo. Comece a criar conteúdo relevante e otimizado, com resultados positivos e abordagem pautada em dados.

Rafael Rez
Fundador da agência de SEO & Conteúdo Web Estratégica e co-Fundador da Nova Escola de Marketing. Autor do livro de marketing: “Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI”, publicado no Brasil pela DVS Editora e em Portugal pela Editora Marcador. Possui MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2013.
Receba dicas de SEO e Conteúdo